O Cimarron Uruguaio é
uma raça canina oriunda do Uruguai. Sua origem, bem como a de muitas outras raças, é
incerta, embora saiba-se que descendam de cães espanhóis e portugueses
abandonados na colônia. Cruzando-se entre si por anos, por acaso nasceu uma
nova raça, naturalmente selecionada. Domesticados, estes caninos tornaram-se bons animais
de trabalho. Fisicamente podem chegar a pesar 45 kg e medir 61 cm na altura da
cernelha.
A palavra “Cimarron” é utilizada na América
Espanhola se referindo ao todo animal ou
planta silvestre, em contraposição ao doméstico. A origem
do “Cimarron UruguaIo” é incerta. Sabe-se que ele descende dos
cães introduzidos nas colônias pelos conquistadores Ibéricos,
tanto Espanhóis quanto Portugueses. Muitos destes cães foram
abandonados e de seus cruzamentos, a natureza, assim
como esculpe uma montanha ou talha uma caverna,
caprichosamente foi fazendo o mesmo com estes cães até
chegar ao Cimarron Uruguaio de hoje. Os habitantes da região reconheciam
o valor destes cães, os amansavam e de maneira progressiva,
começaram a utiliza-los muito produtivamente como guardiões
de seus estabelecimentos e no trabalho diário com
o gado bovino.
Muitos dos animais domésticos introduzidos na América pelos primeiros colonizadores, reconquistaram sua liberdade, voltando ao estado salvagem. Nesses animais cimarrones a retroversão ao tipo salvagem primitivo nunca foi completada; todos eles conservam sempre caracteres que revelam claramente sua procedência de progenitores domésticos. O vocábulo cimarron se aplica na América a todo animal ou planta silvestre em contraposição ao doméstico. A origem de nosso "Cimarron Uruguaio" ao igual que o da grande maioria das raças, é incerto.
Essa mesma seleção natural motivou que só sobreviveram os mais aptos, os mais astutos, os mais fortes. Convertendo-se em um cão excelentemente adaptado ao nosso meio, e existindo abundância de alimento e sem depredadores naturais, o cimarron se foi reproduzindo em grande numero, tendo chegado conforme documentos históricos a ser convertido em um verdadeiro perigo para os habitantes do campo e a criação de gado. Isso levou a que as autoridades da época (fins do séc. XVIII) decidiram e incentivaram grandes matanças, chegando a contabilizar-se por milhares os cães mortos.
A pesar disso, "…um bom numero de mães com sua prole ganharam os montes do Olimar e sobre tudo na serra de Otazo e nos Cerros Largos". Precisamente muitos fazendeiros do atual estado de Cerro Largo conhecendo as virtudes do Cimarron Uruguaio no trabalho com gado e defesa da sua propriedade começaram a criar-lo, preservando-lo da mestiçagem. Graças a esse trabalho de muitos anos hoje os uruguaios podemos desfrutar de suas qualidades, e esperamos que em um futuro próximo possa fazer o resto do mundo.
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